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IV Fórum Brasileiro de Hotéis Independentes debate retomada e economia do setor

São Paulo, 29 de setembro de 2020 – Aproximadamente 95% dos hotéis já se encontram abertos e a expectativa é que até novembro todos os hotéis urbanos e resorts estejam em operação. Os dados foram revelados no IV Fórum Brasileiro de Hotéis Independentes, promovido pela Equipotel em parceria com a Ameris Hotéis e Hotel Shop. Os palestrantes trouxeram análises importantes sobre a recuperação do setor para os próximos trimestres e como estará a economia, segundo estudos de tendências. A abertura do evento contou com Daniel Pereira, gerente de produto da Equipotel e Diego Garcia, diretor executivo da Ameris Hotéis.

No primeiro painel “Panorama econômico-financeiro do Brasil no pós pandemia e seus impactos na retomada do setor hoteleiro”, com a participação de Peter Kronstrom, Copenhagem Institute for Future Studies Latin America e Leandro Benincá, educador financeiro da Messem Investimentos; os participantes tiveram uma visão do panorama econômico do Brasil e como ele irá afeta a retomada do setor, com mediação de Michel Otero, da HotelShop.

“O Covid-19 mudou a nossa realidade por completo. Foi um grande nivelador, que colocou todos na mesma crise. Revelando tudo o que está errado na nossa sociedade. Apontando que devemos fazer revisão de processos e inovações.”, comenta Peter Kronstrom.

Segundo Kronstrom, os futuristas acreditam que existem 4 forças que determinarão o futuro pós-pandemia. “Estamos vendo que a pandemia está acelerando muitos futuros. Inovações que esperávamos em anos estão acontecendo em meses. Teremos 4 forças: o foco na saúde, no futuro vamos ter um serviço de saúde focado em prevenção, não em tratamento de doenças. Mudanças de matriz energética, produzindo energia sustentável e renovável. Revolução no transporte, transportar cada vez mais, principalmente com carros autônomos e a indústria 4.0 com automatização e inteligência artificial”, explica.

Leandro Benincá, educador financeiro, comenta que o a MP 963 que previa 5 bilhões para o turismo, teve apenas 1 bilhão empenhado. “Foi disponibilizada apenas 1/5 da ajuda esperada. O montante não chega ao final da cadeia produtiva, ou seja, hotéis e pousadas pequenos. A dificuldade de crédito tem, infelizmente, parcela de culpa da empresa. Por não buscar um bom score e linhas de crédito para a empresa. O primeiro aprendizado da crise é ter acesso de crédito disponível mesmo sem crise”, explica.

Para finalizar o primeiro painel, Peter comenta que há foco no turismo regional “Há uma grande oportunidade para turismo doméstico. Ótima oportunidade para os hotéis independentes. Uma profunda mudança no consumo.

Se analisamos onde está o valor, ele está cada vez mais nas experiências e viagens inspiradoras. O novo luxo está cada vez menos ligado a objetos tangíveis e cada vez mais ligados ao intangíveis: como autoconhecimento e realização pessoal. Uma nova maneira de atingir o consumidor, não vai ser mais por publicidade e sim por intimidade. Nossos fornecedores sabem o que o consumidor sabe, mais do que nós mesmos”.

Recuperação da Hotelaria no Brasil com Pedro Cypriano, sócio administrador da HotelInvest, trouxe dados da hotelaria nacional desde o começo da pandemia até as possibilidades de futuro. Em uma apresentação que contou com dados obtidos em parceria com o FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil; Pedro aponta que “Ao longo do mês de setembro a grande maioria dos hotéis reabriu (95%). Para os próximos meses existem sinais de reaquecimento de demanda. A grande dúvida é quanto mais favorável? Em que patamar as taxas de ocupação estarão?”

Outros dados confirmam que o turismo regional será o vetor de recuperação do setor. “Os resorts regionais foram os primeiros a se recuperar. As taxas de ocupação dos resorts do país devem chegar em 24%. Acontecerá em uma velocidade mais rápida, em razão da logística de voos”.

“Já o cenário de eventos é pouco menos promissor que os outros. Entre o final de 2021 e começo de 2021, é pouco provável que o setor se recupere. Dados da Skift, empresa de pesquisas no turismo, apontam que +50% acreditam que a distribuição da vacina é essencial para retomada dos eventos.”, explica Pedro Cypriano.

O executivo também defende que “As oportunidades são para o turismo de lazer. O dólar alto irá beneficiar o turismo regional. Uma estratégia tarifária pode abreviar a recuperação, retomando o RevPar em 2 anos. Contamos com um horizonte positivo, acima dos números de 2019, a partir de 2022. Além de potencial de reservas diretas, para evitar gastos com terceiros”.

Diego Garcia, diretor executivo da Ameris Hotel, comenta sobre o IV Fórum. “Estamos na 4ª edição do Evento, que foi adaptada para o universo digital, uma edição ímpar, um visão diferenciada, oportunidades para o futuro. Agradecemos a toda a produção, patrocinadores do evento e ação social com o Instituto Ronald McDonald”.

Daniel Pereira, gerente de produto da Equipotel, encerrou o evento, comemorando mais uma ação da Equipotel Conexões. “Acreditamos que foi um evento incrível. Uma audiência que se manteve do início ao fim do Fórum, um público qualificado que temos muito carinho. Tudo o que a Equipotel faz, seja no digital ou no físico, é pensando no público e no mercado. A Equipotel é tradicional por causa disso, ela constrói uma relação não só com o expositor, mas com o mercado”.
Confira o IV Fórum Brasileiro de Hotéis Independentes disponível no canal do Youtube da Equipotel

 

Promonde – Equipotel 
Mateus Borge
mateus@promonde.com.br
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